quinta-feira, 5 de maio de 2011

O grande amor do Pai
O amor já foi tema de muitos estudos. Muito já se foi escrito sobre ele.
Os poetas tentaram compreendê-lo. Os cientistas tentaram analisá-lo através de pesquisas e experimentos. Outros já cantaram sobre esse sentimento tão complexo.
Mas não é do amor eros que iremos falar aqui.

A palavra amor, no original grego, tem vários significados. Primariamente, pode ser definido como amor ágape, eros ou filéo.

O amor ágape é o tema principal de nosso estudo, por ser a virtude principal e inicial do fruto do Espírito. “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança” (Gálatas 5.22). Esse amor é o grande amor do Pai. Um amor que emana do próprio Criador para o homem, pois Deus é a fonte de todo o amor.

Jamais seremos capazes de compreender o amor de Deus, pois ele excede nosso limitado entendimento. Será que você é capaz de compreender o amor de um pai que sacrifica seu único filho por amor? Deus entregou Jesus por amor à raça humana. Deus entregou seu filho por amar você.

Você consegue compreender a dimensão do amor de Deus?

Esse amor não vem de nós. Ele vem direto do coração do Pai. Por nós mesmos não somos capazes de expressá-lo. Apenas uma vida diária de comunhão com Deus é capaz de fazer esse amor frutificar. Somente através da expressão desse amor é que você poderá evidenciar também as outras virtudes, pois o fruto é apenas um, evidenciado em diversos aspectos. Somente através do amor de Deus que brotará em você é que será possível viver a integridade da fé cristã.

O apóstolo Paulo escreveu um dos mais belos poemas já feitos:

”Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá” (1 Coríntios 13.1-8).

O apóstolo nos traz um rol das atitudes praticadas por aqueles que expressam o amor do Deus. Experimente trocar a palavra “amor” pelo seu nome, e veja se você pode ser considerado uma pessoa amorosa, alguém que verdadeiramente pratica o amor.

“Eu sou sofredor, eu sou benigno, eu não sou invejoso, eu não trato com leviandade, não me ensoberbeço, eu não folgo com a injustiça, mas com a verdade. Eu não busco os meus interesses”. E assim por diante...

Paulo declara que somente através da manifestação real do amor é possível conhecer a Deus e entender, pelo menos em parte, seus propósitos e os mistérios que são reveláveis ao homem. O caminho para a santificação é a manutenção diária desse amor.

Somente através da comunhão diária com Deus somos capazes de viver em um nível de intimidade com o Pai que nos leva a caminhos mais altos de entendimento de sua Glória.
Deixamos de ver as coisas espirituais com olhos imaturos e passamos a enxergar com maturidade as maravilhas do Senhor e seus propósitos em nossas vidas.

Somente o amor de Deus é capaz de trazer a esperança e fortalecer a fé dos abatidos.
O amor manifesto vem diretamente do coração do Pai, nos trazendo novo vigor e forças para caminhar.


Renato Collyer