sábado, 26 de outubro de 2013


[Livro] A Essência do Louvor


Graça e Paz, amigos! Para quem curte literatura voltada ao ministério musical, estou disponibilizando esse pequeno livro que escrevi em meados de 2009/2010. Segue abaixo o link para download totalmente gratuito!

O livro aborda os seguintes temas:

- O poder da unidade do louvor
- O significado de ser um levita
- O louvor criativo
- O louvor apaixonado
- Louvor: o caminho para a presença de Deus
- O poder do louvor
- Vivendo em um ambiente de adoração
E outros assuntos...


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segunda-feira, 18 de março de 2013

Novo single: "Uma só voz"


A paz a todos! Estou postando abaixo a faixa título do meu novo cd, ainda em processo de mixagem, mas já pra ter uma noção de como vai ficar. Vamos ajudar a divulgar :)

Mp3 download (copie e cole no seu navegador)
https://soundcloud.com/renato-collyer




 . 

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

O poder que vem do alto:
Os princípios da oração do Pai Nosso


"Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;
Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;
O pão nosso de cada dia nos dai hoje;
Perdoais as nossas dívidas, assim como perdoamos nossos devedores;
E não nos deixes cair em tentação, mas livrai-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém"

A oração conhecida como oração do Pai Nosso talvez seja a oração mais conhecida do Cristianismo. Ela está descrita no Evangelho de Mateus, capítulo 6, versículos 9 a 13.

Será que podemos encontrar uma definição bíblica para oração?
De fato, não há na Bíblia um conceito explícito do que seja oração. Não há fórmulas que a rotulam. De modo implícito, as Escrituras trazem diversas definições que se convergem a um ponto em comum: a oração é uma via de mão dupla por meio do qual o servo de Deus chega à sua presença. Durante esse sublime momento, Deus responde aos anseios de seus filhos.
Só pode haver oração sincera quando há intimidade com Deus. A oração é fruto de um relacionamento pessoal e único com o Senhor. Na oração, não apenas falamos, mas precisamos também estar dispostos a ouvir o que o Pai tem a nos dizer. O Espírito Santo age como intérprete nesse diálogo entre o Deus e o homem.
Assim como nosso corpo físico necessita de nutrientes para sobreviver, nossa natureza espiritual precisa ser diariamente fortalecida através da oração. A oração eleva o espírito humano, pois revela uma profunda amizade com Deus que tem como resultado um satisfatório crescimento espiritual.

A oração de Jesus, completamente sincera em seu objetivo, traz 8 principais aspectos:

Primeiro aspecto: Reconhecimento da Soberania Divina

“Pai nosso que estais nos céus”. Deus é o criador de todo o universo. Ele governa todas as leis da física. Na verdade, ele próprio as criou. Nada acontece sem o consentimento do Senhor. Ele tem o comando sobre tudo e todas as coisas o obedecem. O Pai Celestial, porém, não é um ditador. Sua autoridade é legítima em nossas vidas. O homem concede legitimidade para que Deus opere maravilhas em sua vida no instante em que o aceita e recebe o Seu Nome. Você deve estar perguntando como pode receber o nome do Senhor. Recebemos a graça de carregar o nome de Deus através do batismo nas águas, passando a fazer parte de uma grande família. “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus, capítulo 28, versículo 19).
Esse primeiro aspecto se revela o mais importante. Por esse motivo, nossa oração deve tomar como base o princípio de que Deus é soberano em nossas vidas. Esse não é um princípio explícito. Na verdade, está bem implícito quando conversamos com Deus. Não precisamos lembrar a cada momento que ele está nos céus, porque, de fato, ele está. Esse princípio deve estar em nós quando admitimos que o Senhor está acima de nós, observando-nos a cada momento. Não somente no sentido material ou físico, Deus está no controle de tudo. Literalmente.
É possível um vigilante ter uma visão completa da fortaleza se não estiver ao alto de uma torre? Se o vigilante estiver em terra, obtendo a mesma perspectiva que as demais pessoas, de nada adiantaria seu posto. Assim, Deus coordena tudo porque somente ele tem uma visão privilegiada de tudo que acontece. “Estais nos céus” quer dizer que nosso Pai está sempre atento. Mesmo que às vezes a situação nos parece conflituosa, pois estamos vendo apenas sob o nosso ponto de vista humano, Deus tem a melhor solução. A resolução está ao alcance de seus olhos e de suas mãos. Creia nisso.

Segundo aspecto: Reconhecimento da Santidade Divina

“Santificado seja o teu nome”. Peço permissão a você para contar algo curioso que presenciei muitas vezes. É incrível como alguns nomes ganham força devido à fama de seus detentores. Em minha adolescência, sempre que meu irmão e eu íamos à locadora de vídeos com meu pai, classificávamos os filmes pelos atores que faziam parte do elenco. É uma prática até muito comum quando nunca se ouviu nada a respeito do roteiro. Muitas pessoas fazem isso. Meu pai é uma delas.
Transcorridos alguns minutos em que estávamos na locadora, meu pai trazia consigo alguns filmes para nossa avaliação técnica nem um pouco confiável. “Olha este, o ator é muito bom. O filme deve ser bom. Este ator só faz filmes bons”. Meu pai dizia isso para nos convencer. E na grande maioria das vezes, ele acertava. Com exceção de alguns bons atores que não fazem bons filmes, os grandes atores gravam grandes filmes, ou até tornam um filme com um roteiro ruim um sucesso de bilheteria.
Compartilhei essa experiência para lhe mostrar a importância de um nome. Poderia ter citado outros exemplos, mas esse me pareceu mais simples e eficaz.
O nome carrega os atributos de uma pessoa. É a forma de individualizá-la. Um nome “sujo” não é nada agradável. Um nome “respeitável” exige certos cuidados e muito esforço. Em uma sociedade em que as pessoas são reduzidas a números (contas de banco, cartão de crédito, número do seguro de vida ou do carro, entre outros), destacar-se é algo dispendioso.
Quando reconhecemos a Santidade Divina, fazemos justamente isso. Damos o devido destaque a Deus. Quando o nome do Senhor é louvado, damos crédito para quem realmente merece. Santificar o nome de Deus também significa honrar o seu Nome.

Terceiro aspecto: Reconhecimento do Reino de Deus em nossas vidas

“Venha a nós o teu reino”. Alguns estudiosos interpretam essa passagem do ponto de vista escatológico. Sob esse enfoque, ela representa o reconhecimento da implantação do Reino de Deus no futuro, no arrebatamento.
Gosto de considerar esse trecho da oração de Cristo sob outro aspecto.
Quando permitimos que Deus reine em nossas vidas, abrimos mãos de nossas falsas certezas e passamos a direção de nossas vidas para o Criador do universo. O Senhor passa a nos conduzir em graça, fazendo-nos experimentar as maravilhas que ele tem preparado para nós.
Passamos a ter mais intimidade com o Pai, pois outorgamos a ele o controle da situação. Isso pode parecer fácil, mas é um dos requisitos mais difíceis da oração verdadeira. Não é fácil entender o Reino de Deus em nossas vidas, quando passamos por grandes dificuldades.
Não é pelo fato de Deus estar conosco que nada de mal irá nos acontecer. Porém, temos como aliado o Todo Poderoso e sua misericórdia sempre nos acompanhará.

Quarto aspecto: Submissão à Vontade Divina

“Seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus”. Aceitar e entender que a vontade de Deus é sempre a melhor é a mensagem que Jesus nos transmite aqui. Ser submisso à voz do Senhor significa abrir mão de algumas coisas, vale dizer, é colocar os próprios desejos em segundo plano e estar disposto a aceitar o caminho que o Pai revela.
Estar debaixo da graça de Deus é o resultado imediato de estar submisso a ele. Quando nos submetemos a ouvir e atender seu comando, declaramos que ele é o Senhor de nossas vidas.

Quinto aspecto: Reconhecimento de que Deus supre as necessidades humanas.

“O pão nosso de cada dia nos dai hoje”. Deus usa nossas próprias necessidades para nos ensinar sobre sua providência.
Imagine cerca de mais de três milhões de pessoas no deserto. Esse era o povo de Israel. Quantos quilos de alimento seriam necessários para suprir a fome de todos? Deus agiu de forma miraculosa!
Os israelitas deram o nome de maná àquele alimento. O maná caía do céu, indicando que é das mãos de Deus que vêm toda nossa provisão. “O homem não pode receber coisa alguma, se não lhe for dada do céu” (João, capítulo 3, versículo 27). É dos céus que somos abençoados, tanto espiritual quanto materialmente.

Sexto aspecto: Disposição para perdoar e receber o devido perdão

“Perdoais as nossas dívidas, assim como perdoamos nossos devedores”. Note que encontramos algo bastante difícil de ser cumprido pelo homem: uma condição.
Em Mateus capitulo 18, versículos 23 a 35, Jesus contou aos seus seguidores uma interessante história:

“Por isso o reino dos céus pode ser comparado a um certo rei que quis fazer contas com os seus servos; e começando a fazer contas, foi apresentado a ele um homem que lhe devia dez mil talentos; e não tendo ele com que pagar, o seu senhor mandou que ele e sua mulher e seus filhos fossem vendidos com tudo quanto tinham, para que a dívida fosse paga. Então aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, seja generoso comigo, e tudo te pagarei. Então o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, o soltou e lhe perdoou a dívida. Saindo porém aquele servo, encontrou um dos seus conservos, que lhe devia cem dinheiros, e lançando mão dele, sufocava-o, dizendo: Paga-me o que me deves. Então o seu companheiro, prostrando-se a seus pés, rogava-lhe, dizendo: Seja generoso comigo, e tudo te pagarei. Ele porém não quis, antes foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida. Vendo, pois, os seus conservos o que acontecia, contristaram-se muito, e foram declarar ao seu senhor tudo o que se passara. Então o seu senhor, chamando-o à sua presença, lhe disse: Servo malvado, perdoei toda aquela sua dívida, porque me suplicaste. Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti? E indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia. Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se de coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas”.

Você consegue perceber que seremos perdoados na mesma proporção com que perdoamos também? O perdão é uma prática que revela desapego às coisas materiais, pois é algo divino.

 Sétimo Aspecto: Proteção contra a tentação e as ações malignas

 “E não nos deixes cair em tentação, mas livrai-nos do mal”. A partir do momento em que estamos em comunhão íntima com Deus, o inimigo tenta de todas as formas nos atingir. É a contraprestação pela unção divina em nossas vidas. A graça do Pai, no entanto, é suficientemente capaz para nos proteger e nos livrar dos atentados do inimigo.

Oitavo Aspecto: Adorar a Deus em sua Glória

“Pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém”. Nada melhor do que encerrar um pedido do que reconhecendo algo que se afirmou no início, mostrando perfeita harmonia entre todos os pontos analisados.
Adorar o Pai em sua Glória é adorá-lo em plenitude, reconhecendo suas características divinas e sua provisão. Como seria possível adorar ao Senhor sem reconhecer seu atributo divino? Esse último aspecto estudado nos remete a uma reflexão sobre o sobrenatural de Deus.
Reconhecer a glória de Deus é, principalmente, acreditar nele, ter fé no Senhor. Nossas orações não serão atendidas se não possuirmos uma fé genuína. “Cheguemos a Deus com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa, retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu” (Hebreus 10, capítulo 22, versículo 23).

Que o Pai Celestial sempre esteja com você!


Renato Collyer