domingo, 14 de setembro de 2014

A Política nossa de cada dia

Creio que atualmente estejamos vivendo um momento ímpar do cenário político nacional. Muito já se foi conquistado nas últimas décadas, em que conquistamos o direito do voto direto, colocamos e tiramos um presidente do poder. Como nação, conseguimos sobreviver aos penosos anos de regime militar. Alguns autores preferem chamar de Ditadura Militar, referindo a esse período como a fase em que tivemos um governo fascista, em que durante o regime pouquíssimo foi feito no tocante aos direitos individuas e que o Estado concentrava em si a administração e o controle dos mais diversos setores da sociedade e tinha como meta o poder pelo poder e não o poder como meio para se atingir as liberdades individuais e o bem comum.

A política é a ciência da organização, da direção e administração de um Estado. Para Aristóteles, a política é indissociável da moral, uma vez que o fim último do Estado é a formação moral dos cidadãos. Quanto a nós, brasileiros, estamos presenciando agora dois lados de uma moeda representados por duas mulheres: votar novamente na administração que está ou dar uma chance ao (que se diz) novo, que promete fazer uma “política limpa”, desvincular-se do que já estamos tão acostumados a ver. Será verdade? Já estamos tão descrentes na política que muitos de nós damos às costas para ela, preferimos não nos envolver. Mas parece que algo mudou, uma nova força surgiu dentro do povo brasileiro. Parece que as vendas caíram e alguns cidadãos conseguem enxergar que possuem nas mãos o poder da mudança.

Mas essa crença não é ingênua. Sabemos que muito precisa ser mudado. Também sabemos que não é a política que torna os homens corruptos. São os homens corruptos que mancham a imagem da politica. Parece que alguns de nós já entenderam isso e estão dispostos a votar conscientemente e ficarem atentos ao que de fato está sendo feito para garantir o bem comum da sociedade.

Creio que, quando há um sentimento de mudança, o que era um simples ideal pode vir a tornar-se realidade. Como povo e nação, damos novamente um voto de confiança aos políticos do Brasil, na esperança (infelizmente temos que nos agarrar a ela) de que algo novo e proveitoso poderá ser feito em benefício da coletividade.

Renato Collyer

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