quarta-feira, 3 de março de 2010

O Santo Nome
Meus olhos estavam fixos nela. Eu não conseguia desviar o olhar. Parecia tão determinada no que estava fazendo. Acho que isso se chama fé. Pude sentir sua fé pela primeira vez. Era tão forte que envolvia a todos na sala. Depois de muito choro, muita súplica e perseverança, veio a frase final: “Em nome de Jesus. Amém”.

Com meus 6 anos de idade presenciei o sobrenatural de Deus. Era somente uma oração em família e eu era apenas uma criança. Um ambiente muito simples. Mas quem disse que Deus gosta de coisas complicadas? Ele age na simplicidade das pessoas.

Era mais do que uma reunião em casa. Minha mãe dirigia a oração e todos acompanhavam de olhos fechados. Mas justo naquele momento eu estava de olhos abertos. Ainda que eu fosse uma criança, sentia-me fazendo parte de tudo aquilo.

Desde que meus pais aceitaram a Cristo, os cultos domésticos eram constantes. Porém algo me intrigava. Por que aquele nome era tão importante? Era como se as petições de minha mãe ganhassem mais força quando ela dizia: “Em nome de Jesus”. E todos confirmávamos como um sonoro “amém”, finalizando o momento.

Tempos depois, compreendi o poder deste nome. Não é um nome comum. Por mais que algumas pessoas o falem de modo costumeiro, sem entender seu real significado dentro do contexto da oração, esse nome é imprescindível. Não é qualquer nome. É O NOME. O Santo nome de Jesus Cristo. No evangelho de João, capítulo 14, versículos 13 e 14 está escrito: “E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei".

Nossas orações devem ser feitas em nome de Jesus, é dizer, devem estar em total harmonia com a pessoa, caráter e vontade dele. É como se nos fosse concedida uma permissão. Quando proclamamos o nome de Jesus, nossas preces ganham um caráter sobrenatural. Estamos declarando que confiamos em Deus e que só poderemos alcançar nosso pedido por intermédio dele.

A oração eficaz deve ser feita segundo a vontade do Pai. São muitas as maneiras como Deus nos revela seu divino anseio. Uma delas é através de sua Santa Palavra. Para conhecermos a vontade de Deus, devemos estar em constante comunhão com ele. E o caminho para alcançar tal êxito é a oração sincera. A própria Bíblia declara que a oração nos ajuda a compreendê-la, pois nos coloca em um patamar vantajoso de comunhão divina. “Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos“ (Efésios 6.17,18).

Está escrito: “E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve” (1 João 5.14). Devemos andar segundo a vontade do Senhor, amá-lo e agradá-lo para que ele atenda nossas orações. Não se trata, de modo algum, de comprar sua confiança ou de uma troca de favores.

Jesus nos adverte no seguinte sentido: “Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas“ (Mateus 6.33). O nosso Pai transborda graça e misericórdia. Essa promessa nos garante que a consequência natural de se buscar as coisas divinas (o Reino e a Justiça de Deus) é o sucesso na vida material. Nada mais justo do que um Pai amoroso abençoar aqueles que os buscam e o adoram em sinceridade.

Se guardarmos os mandamentos do Senhor, reconhecendo seu reino em nossas vidas, tudo que pedirmos nos será concedido, pois nossas atitudes serão agradáveis aos olhos do Pai. “E qualquer coisa que lhe pedirmos, dele a receberemos, porque guardamos os seus mandamentos, e fazemos o que é agradável à sua vista” (1 João 3.22). Esse é o poder da oração eficaz! “Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito“ (João 15.7).


Renato Collyer
(artigo publicado pelo site www.icrvb.com em 10.02.2010)


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