quinta-feira, 1 de abril de 2010

A menor das sementes
Jesus disse que “o reino dos céus é semelhante ao grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo. Embora seja a menor de todas as sementes, contudo, quando cresce, é maior do que as hortaliças, e se transforma em árvore, de sorte que vêm as aves do céu e se aninham nos seus ramos” (Mateus 13.31,32).

A semente de mostarda (sinápis) é de origem egípcia. Mais uma vez, Jesus utilizou-se de um Ponto de Referência de fácil acesso para explicar aos seus ouvintes a respeito do Reino dos Céus.

É bem provável que alguns digam que a Bíblia esteja errada ou que Jesus demonstrou ter pouco conhecimento sobre botânica, porque, afinal, mesmo o menos entendido no assunto pode citar algumas sementes menores que a de mostarda, como alpiste, painço, girassol ou demais sementes para pássaros. Cristo, porém, tomou por base uma semente bastante conhecida do povo a quem ele falava e que produzia um resultado maior do que uma gramínea, como no caso do alpiste.

O Salvador queria demonstrar que o Reino de Deus é invisível quando semeado no coração do homem, mas seus resultados são grandiosos. Somente a Palavra de Deus é capaz de mudar a trajetória de vidas consideradas irrecuperáveis. Quantos testemunhos já ouvimos de pessoas que estavam entregues às drogas e que foram resgatadas pela Palavra da Salvação? Incontáveis lares já foram restituídos e resgatados por seu intermédio. Ela também é uma pequena semente que cresce e gera abrigo dentro do coração do homem. Somente a mudança é possível quando possuímos dentro de nós o grande conforto e abrigo do Pai.

A mostarda negra era a mais conhecida nos tempos de Cristo, sendo suas sementes utilizadas como temperos para alimentos, depois de serem trituradas. Em terra fértil, a semente poderia crescer rapidamente até três ou quatro metros de altura, e as aves do céu utilizavam seus ramos para aninharem-se.

Jesus queria que as pessoas compreendessem a grande contradição apresentada por esta hortaliça: mesmo uma semente tão pequena era capaz de produzir um enorme resultado. Isso desafiava toda a lógica daquelas pessoas.

Podemos compreender, a partir desse ensinamento de Cristo, que a Igreja é capaz de surpreender o mundo com sua mensagem e com seu poder irresistível no Espírito Santo. Pois assim como a pequena semente de mostarda, a Igreja é capaz de crescer e se transformar em algo muito maior, mesmo em meio às adversidades e aos ataques dos inimigos do Reino.

Em Mateus, capítulo 17, versículo 20, Jesus utilizou-se novamente da figura do grão de mostarda para ilustrar o poder misterioso da fé: “E Jesus lhes disse: se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá – e há de passar; e nada vos será impossível”.

A Igreja do Senhor está alcançando lugar de destaque na sociedade moderna. Constantemente podemos observar grandes líderes religiosos ocupando horários nobres na programação de diversos canais de televisão. A palavra está sendo anunciada como nunca. Ao mesmo tempo, a Igreja está sendo bombardeada pelo inimigo, pois está em posição de destaque, chamando a atenção. Como bem declarou Cristo: “vêm as aves do céu e se aninham nos seus ramos”.

A árvore atinge proporções tão grandes que é capaz de chamar atenção das aves que estão no céu, que desejam, de algum modo, tirar proveito dela, repousando-se em seus ramos.

O pecado, a carne, e o mundanismo são os impeditivos do desenvolvimento do Reino de Deus. “Porque tudo o que há no mundo, a lascívia da carne, a lascívia dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua lascívia; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre” (1 João 2.16,17).


Renato Collyer
(adaptado do artigo "A arte de cultivar frutos eternos", publicado pelo site http://www.icrvb.com/ em 06.01.2010)

Um comentário:

  1. Essa mensagem falou muito ao meu coracao. Parabéns Renato. Ja virei fa do seu blog!

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